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domingo, 16 de dezembro de 2012

03/12/2012 - Madonna abre turnê no Brasil com público reduzido e música dedicada a periguetes

2.dez.12 - Madonna mostra ao público a palavra "periguete" ao cantar "Like a Prayer" A diva pop Madonna inaugurou sua terceira passagem pelo Brasil – as outras foram em 1993 e 2008 – na noite deste domingo (2), no Parque dos Atletas, no Rio, em show que reuniu, de acordo com números da produção, 67 mil pessoas. Em uma comparação inevitável, o público supera bem as 28 mil pessoas que pagaram para assistir à apresentação de Lady Gaga, no mesmo local, três semanas antes.

Diante de vendas antecipadas apenas razoáveis, às vésperas do show, a produtora responsável por trazer a turnê "MDNA" (do álbum homônimo, lançado em 2012) ao Brasil reduziu os preços dos ingressos de pista de R$ 360 para R$ 200. A estratégia funcionou e, se os 90 mil ingressos colocados à venda não esgotaram, pelo menos a cantora se apresentou para uma arena bastante cheia.

Desde cedo, nas longas filas de acesso ao Parque dos Atletas, era possível ver uma audiência que parecia acompanhar a artista há mais tempo, formada em  grande parte por trintões e quarentões comportados – apenas uma ou outra fã temporã arriscou um look inspirado em algum figurino da cantora. O público gay, fiel seguidor da cantora, também compareceu em massa ao show, como acontece em qualquer cidade por onde ela passa.

O show, previsto para as 20h, só começou mesmo às 23h. A espera, no entanto, valeu a pena. "MDNA" é um espetáculo muito mais próximo de ser classificado como um musical da Broadway super dimensionado do que como um show de música pop. Tudo é mega. A abertura leva ao palco dançarinos cantores vestidos de monge, um incensário gigante e uma espécie de confessionário, de onde Madonna saiu para subjugar seus fieis.

Madonna se apresenta no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira (3) (Foto: Alexandre Durão/G1) O primeiro “ato” do show, aberto com “Girl Gone Wild”, mescla de forma herética erotismo, violência e religião. Sem culpa, ao melhor estilo Madonna, no palco estão elementos como máscaras, armas de fogo, sugestões de sangue no telão e cruzes, coexistindo harmonicamente. Com uma roupa preta colada ao corpo, a cantora abusa da sensualidade o tempo inteiro e, literalmente, domina o palco, a cena e o público. Tudo é milimetricamente integrado e ensaiado, das coreografias ao cenário, passando pela iluminação e pelo roteiro do show, em uma aula de ousadia, profissionalismo e competência – que inclui, por exemplo, efeitos como músicos tocando pendurados no teto, entre outros.

A produção é tão grande que a música, a propósito, acaba ficando em segundo plano. Madonna às vezes canta, em outras se rende ao playback. E em duas ou três músicas arranha uma guitarra, mas nada que impressione. Antes de atacar “Turn Up the Radio”, a artista arriscou em português, para o público: “Está prontos?” (sic). E emendou, em inglês: “Vocês se lembram do que nós combinamos durante a passagem de som?”, em referência ao fato da passagem de som ter sido feita já com os portões abertos.

Em “Open Your Heart”, surgiram na plateia os indefectíveis balões vermelhos em forma de coração. Em seguida, Madonna não aguentou e reclamou do calor, misturando inglês, português e espanhol: “It’s hot! Muito, muito caliente. I love the baloons! I love to be in Rio and I love Brazil. Thank you very much, motherfuckers!”, gritou, para delírio do público.

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